Verdadeiros oásis terapêuticos, os spas conquistaram um público que busca cuidar do corpo e da alma. Mas faltam trabalhadores capacitados para esse mercado tão específico. Em Brasília, já existem iniciativas pioneiras
A terapeuta Aline Abreu crê que a exigência dos clientes desperta nos prestadores de serviço a necessidade de aperfeiçoamento: É preciso ter conhecimento, saber o que está fazendo, estudar a fundo a anatomia humana
Esqueça a correria do cotidiano, a confusão do trânsito, as cobranças profissionais e todos os fatores que acabam, de alguma forma, comprometendo a vitalidade. Relaxe. Esse é o maior apelo dos spas, empreendimentos que estão ganhando importância e caindo no gosto dos brasileiros que buscam recuperar o bem-estar roubado pelo estresse do dia a dia. Esse tipo de refúgio pode ser encontrado nas áreas urbanas, em resorts de campo e de praia, ou mesmo em hotéis voltados a atender hóspedes que viajam a negócios. A Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas) estima que, em todo o país, já existam cerca de mil alternativas dessa natureza. Em 2007, eram 600. O faturamento médio anual do setor gira em torno de R$ 300 milhões. Para 2011, os empresários esperam um crescimento de 20%. Com a melhora do poder aquisitivo da população e o fomento do turismo no Brasil, a expectativa para os próximos anos é muito boa. O problema é que a mão de obra para atender tal demanda é escassa. Os cursos que qualificam o profissional para o atendimento não conseguem suprir a necessidade crescente do mercado.
Os terapeutas que trabalham nos spas da capital federal se formaram nas regiões Sul e Sudeste ou tiveram os conhecimentos clínicos aprimorados dentro dos próprios centros de bem-estar. Em alguns casos, a expertise de profissionais que já atuam na área da promoção da saúde foi importante para aperfeiçoar essa mão de obra. Um exemplo é a empresária Estela Boner Leo, que trabalha na área de terapias complementares e qualidade de vida há mais de 30 anos. Antes de estruturar o Nuwa Spa, um dos maiores de Brasília, ela percorreu países como Índia, Inglaterra, França, Estados Unidos, Espanha, Itália e Dinamarca. Estela tem formação em meditação, massoterapia, medicina tradicional chinesa, fitoterapia e aromaterapia. “Precisei investir massivamente em meus profissionais para que eles estivessem prontos para prestar um serviço de alta qualificação. Até encontrei mão de obra na região, mas faltava adequação às exigências de um spa de alto padrão técnico. Hoje, também trabalho a formação de profissionais que querem atuar nesse mercado” reforça.
Diz o velho ditado que a necessidade faz o homem. E foi ela que fez Brasília se tornar pioneira na qualificação específica nesse setor. A ideia foi introduzida pela Spa & Cia., primeira escola do país voltada a formar gestores e terapeutas de spas. Segundo os sócios Pedro Vasco e Gizelle Monteiro, no Brasil ainda há grande confusão em relação ao conceito desses centros. “Muitos acham que é um espaço destinado estritamente ao emagrecimento, o que não é verdade. Na classificação das especialidades desses locais, há uma categoria que se volta para a orientação nutricional e desintoxicação, mas a definição em si é mais ampla. Está relacionada ao relaxamento, à saúde do corpo e do espírito”, explica Gizelle. Massagens variadas, hidroterapias, rituais estéticos, meditação e tratamentos voltados ao bem-estar estão no rol dos serviços oferecidos por esses oásis terapêuticos.
Segundo o coordenador técnico Pedro Vasco, eles devem promover uma experiência sensorial. Não basta oferecer uma massagem. É fundamental que o cliente entre no clima e permita ser cuidado de forma especial. O ambiente, neste caso, interfere em um bom resultado. “É preciso dispor, no mínimo, de um serviço de hidroterapia — a água está muito ligada ao relaxamento. As salas devem ter iluminação adequada e aroma suave que convida a pessoa a desacelerar. É essencial que os terapeutas tenham um gestual diferenciado, até o tom de voz importa quando se pretende atender aqueles que procuram relaxar”, detalha Vasco. “Quem procura um spa quer, mesmo que por alguns instantes, poder se desligar totalmente do estresse do dia a dia”, observa Gizelle.
E por falar em cliente, eles estão cada dia mais exigentes. É o que garante empresários e terapeutas de Brasília. A técnica do Kalmma Zen Spa Aline Tavares Abreu pondera que tal comportamento é interessante para despertar nos próprios prestadores de serviço a necessidade de melhoria constante. “Os clientes têm todo o direito de questionar sobre a qualificação do terapeuta que cuidará do seu corpo. É preciso ter conhecimento, saber o que está fazendo, estudar a fundo a anatomia humana. Massagens e drenagens são terapias que devem ser estudadas. Não se forma bons profissionais em cursos de fins de semana”, pondera. Aline é terapeuta há sete anos e atua em spas há pelo menos meia década. Ela buscou formação em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba. “As pessoas entenderam que a qualidade de vida está ligada à chance de proporcionar a elas mesmas o direito de relaxar. Novas técnicas são lançadas constantemente. Os clientes procuram por profissionais que estejam atualizados e que lhe passem segurança. Somente o terapeuta qualificado consegue isso”, observa.
Correio Braziliense
A terapeuta Aline Abreu crê que a exigência dos clientes desperta nos prestadores de serviço a necessidade de aperfeiçoamento: É preciso ter conhecimento, saber o que está fazendo, estudar a fundo a anatomia humana
Esqueça a correria do cotidiano, a confusão do trânsito, as cobranças profissionais e todos os fatores que acabam, de alguma forma, comprometendo a vitalidade. Relaxe. Esse é o maior apelo dos spas, empreendimentos que estão ganhando importância e caindo no gosto dos brasileiros que buscam recuperar o bem-estar roubado pelo estresse do dia a dia. Esse tipo de refúgio pode ser encontrado nas áreas urbanas, em resorts de campo e de praia, ou mesmo em hotéis voltados a atender hóspedes que viajam a negócios. A Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas) estima que, em todo o país, já existam cerca de mil alternativas dessa natureza. Em 2007, eram 600. O faturamento médio anual do setor gira em torno de R$ 300 milhões. Para 2011, os empresários esperam um crescimento de 20%. Com a melhora do poder aquisitivo da população e o fomento do turismo no Brasil, a expectativa para os próximos anos é muito boa. O problema é que a mão de obra para atender tal demanda é escassa. Os cursos que qualificam o profissional para o atendimento não conseguem suprir a necessidade crescente do mercado.
Os terapeutas que trabalham nos spas da capital federal se formaram nas regiões Sul e Sudeste ou tiveram os conhecimentos clínicos aprimorados dentro dos próprios centros de bem-estar. Em alguns casos, a expertise de profissionais que já atuam na área da promoção da saúde foi importante para aperfeiçoar essa mão de obra. Um exemplo é a empresária Estela Boner Leo, que trabalha na área de terapias complementares e qualidade de vida há mais de 30 anos. Antes de estruturar o Nuwa Spa, um dos maiores de Brasília, ela percorreu países como Índia, Inglaterra, França, Estados Unidos, Espanha, Itália e Dinamarca. Estela tem formação em meditação, massoterapia, medicina tradicional chinesa, fitoterapia e aromaterapia. “Precisei investir massivamente em meus profissionais para que eles estivessem prontos para prestar um serviço de alta qualificação. Até encontrei mão de obra na região, mas faltava adequação às exigências de um spa de alto padrão técnico. Hoje, também trabalho a formação de profissionais que querem atuar nesse mercado” reforça.
Diz o velho ditado que a necessidade faz o homem. E foi ela que fez Brasília se tornar pioneira na qualificação específica nesse setor. A ideia foi introduzida pela Spa & Cia., primeira escola do país voltada a formar gestores e terapeutas de spas. Segundo os sócios Pedro Vasco e Gizelle Monteiro, no Brasil ainda há grande confusão em relação ao conceito desses centros. “Muitos acham que é um espaço destinado estritamente ao emagrecimento, o que não é verdade. Na classificação das especialidades desses locais, há uma categoria que se volta para a orientação nutricional e desintoxicação, mas a definição em si é mais ampla. Está relacionada ao relaxamento, à saúde do corpo e do espírito”, explica Gizelle. Massagens variadas, hidroterapias, rituais estéticos, meditação e tratamentos voltados ao bem-estar estão no rol dos serviços oferecidos por esses oásis terapêuticos.
Segundo o coordenador técnico Pedro Vasco, eles devem promover uma experiência sensorial. Não basta oferecer uma massagem. É fundamental que o cliente entre no clima e permita ser cuidado de forma especial. O ambiente, neste caso, interfere em um bom resultado. “É preciso dispor, no mínimo, de um serviço de hidroterapia — a água está muito ligada ao relaxamento. As salas devem ter iluminação adequada e aroma suave que convida a pessoa a desacelerar. É essencial que os terapeutas tenham um gestual diferenciado, até o tom de voz importa quando se pretende atender aqueles que procuram relaxar”, detalha Vasco. “Quem procura um spa quer, mesmo que por alguns instantes, poder se desligar totalmente do estresse do dia a dia”, observa Gizelle.
E por falar em cliente, eles estão cada dia mais exigentes. É o que garante empresários e terapeutas de Brasília. A técnica do Kalmma Zen Spa Aline Tavares Abreu pondera que tal comportamento é interessante para despertar nos próprios prestadores de serviço a necessidade de melhoria constante. “Os clientes têm todo o direito de questionar sobre a qualificação do terapeuta que cuidará do seu corpo. É preciso ter conhecimento, saber o que está fazendo, estudar a fundo a anatomia humana. Massagens e drenagens são terapias que devem ser estudadas. Não se forma bons profissionais em cursos de fins de semana”, pondera. Aline é terapeuta há sete anos e atua em spas há pelo menos meia década. Ela buscou formação em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Curitiba. “As pessoas entenderam que a qualidade de vida está ligada à chance de proporcionar a elas mesmas o direito de relaxar. Novas técnicas são lançadas constantemente. Os clientes procuram por profissionais que estejam atualizados e que lhe passem segurança. Somente o terapeuta qualificado consegue isso”, observa.
Correio Braziliense
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