Utilizando os padrões de terra, fogo, água e ar, terapia atua no plano físico e no emocional
A terapeuta corporal Adriana Vitorino explica que as massagens são indicadas de acordo com o momento existencial de cada paciente. A terra é indicada para quem precisa se reconectar com a realidade.
A massagem do elemento ar está ligada à respiração; já a massagem água ajuda quem tem dificuldade de se expressar a liberar os sentimentos
Terra, fogo, água e ar - os quatro elementos da natureza foram tomados emprestados em massagens que buscam ativar a energia, atuando tanto no plano físico, quanto no emocional. Quem explica é a terapeuta corporal Adriana Vitorino, de Londrina. Segundo ela, cada uma das massagens é indicada ‘‘de acordo com o momento existencial que se vive’’.
A massagem terra, que remete a condições concretas, é indicada para aqueles que precisam se reconectar com a realidade e ficar mais seguros. Por isso é utilizada quando a pessoa vive momentos de mudanças, como separação e perda de alguém querido.
O toque da massagem terra, segundo a terapeuta, é feito de forma segura e aconchegante, com cada pedaço do corpo pressionado durante alguns momentos, buscando com as mãos aproximar a pessoa do chão. ‘‘Quem aplica a massagem fica com as mãos um tempo em cada parte do corpo, como se fosse mesmo um bloco de terra, até sentir que esta relaxou e acomodou. A pessoa tem a sensação de ficar pesada, mas depois dá um “up”. A terra é o elemento da realização, do concreto, do material’’, ressalta.
Casos como de insônia, ansiedade, compulsão, ou quando a pessoa passa por um período de estresse grande, são beneficiados com a massagem terra. ‘‘Em casos de estresse a pessoa gasta mais energia do que tem e mesmo assim não consegue parar. A massagem terra vai colocá-la na sua real condição energética’’, explica.
A massagem água, pelo contrário, elemento caracterizado pela falta de limite, por se espalhar onde quer que seja acondicionado, é indicada para aquelas pessoas muito organizadas, sistemáticas, que precisam justamente ampliar os limites. Os movimentos da massagem são leves, suaves, como ondas sobre o corpo, buscando mobilizar sistemas linfático e circulatório, ‘‘os líquidos’’ do organismo.
Adriana explica que a insuficiência do sistema água no organismo leva à ‘‘aridez’’, que se traduz em doenças como artrite, cólica de rim e problemas intestinais. ‘‘A massagem água ajuda pessoas que têm dificuldade de se expressar a liberar os sentimentos, conectando-a à sua afetividade’’, afirma.
A massagem do elemento ar está ligada à respiração e a exercícios respiratórios. ‘‘Os bebês têm uma respiração plena, completa e profunda, que se perde com o passar dos anos. Um dos objetivos dessa massagem, principalmente através dos exercícios, é aumentar a capacidade respiratória, liberando regiões tensas’’, explica, lembrando que o ar é considerado elemento ‘‘coletivo’’, ‘‘uma vez que todos os homens do planeta se conectam entre si através do ar que respiram’’. ‘‘O modo como a pessoa respira, transparece o estado que ela está’’, avalia.
Já a massagem fogo, elemento considerado ‘‘a força da vida, onde a força primordial de expressão criativa se manifesta’’, é indicada para aqueles que estão desanimados, depressivos, melancólicos. Friccionando rapidamente as mãos sobre o corpo o objetivo é aquecer e deixar a pessoa mais otimista, alegre e desperta.
As massagens fogo e ar, segundo Adriana, são utilizadas como coadjuvantes das outras técnicas. Ela ressalta que quem aplica a massagem também deve mentalizar o elemento específico para potencializar o tratamento.
Chiara Papali
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