Pesquisadores encontraram neurônios que respondem ao toque suave de carícias
A descoberta foi publicada na última edição da revista Nature. Isso pode explicar porque ratos, gatos e até seres humanos se sentem bem e desfrutam quando alguém nos faz uma massagem ou apenas um afago.
“É um bom começo de trabalho. É tecnicamente elegante e isso tem implicações interessantes. Se esses neurônios puderem ser ativados por substâncias químicas, nós poderíamos fabricar drogas para fazerem você se sentir bem”, declarou o cientista ao portal LiveScience.
O método
Boa parte das pessoas, assim como os mamíferos, não resiste ao carinho do toque de alguém, mas o motivo pelo qual “não resistimos às carícias de uma massagem” não está completamente esclarecido pela ciência.
Os cientistas realizaram testes como beliscar, acariciar com pincel e cutucar para gerar nos ratos sensações. Esses neurônios eram ativados apenas quando os ratos recebiam toques macios e delicados.
É que um carinho às vezes cai tão bem...
Os cientistas então criaram um modo de ativar quimicamente esses neurônios. Eles colocaram 18 ratos dentro de uma caixa com uma sala central, com portas para a direita e esquerda. Quando os ratos saíam em um dos lados da caixa, os pesquisadores ativavam esses neurônios e os deixavam sair por 1 hora. Eles repetiram esse processo diversas vezes.
Um grupo de 30 ratos, usado como controle padrão, ficou em outra sala sem nenhum tipo de ativação química. Os cientistas então deixaram os ratos soltos, com as portas abertas, tendo liberdade de passearem para onde quisessem.
Os ratos do grupo controle, que não passaram pela estimulação química, andavam por todos os cômodos, gastando um enorme tempo, mas os que receberam a “massagem química” passaram mais tempo nas salas onde seus neurônios eram acariciados.
Os ratos que preferiram ficar na “casa de massagem química” mostraram que eles tiveram uma experiência extremamente agradável.Os cientistas ainda não sabem se os humanos possuem as mesmas células nervosas que os ratos, mas estudos serão realizados para comprovar ou não a existência.
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