quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Terapia manual em cefaléia do tipo tensional



INTRODUÇÃO

Atualmente a dor de cabeça é uma das queixas mais freqüentes na prática médica e constitui um importante problema de Saúde Pública no Brasil e no mundo, tendo forte impacto socioeconômico (GALDINO, ALBUQUERQUE & MEDEIROS, 2007; MORELLI & REBELATTO, 2007).

Na população geral, durante o curso da vida, a prevalência de cefaléia é maior que 90%, representando o terceiro diagnóstico mais comum nos ambulatórios de neurologia. As tensões sofridas no ambiente de trabalho, a postura incorreta dos membros e da coluna vertebral, o uso repetitivo e forçado de grupos musculares e articulações durante toda jornada de trabalho, e mesmo o mobiliário inadequado, constituem o que conhecemos como mecanismos de lesão, que acarretam uma diminuição da flexibilidade e mobilidade, dor à palpação e, por conseqüência, dificuldade nas atividades de vida diária (GRANDJEAN, 1998; GOMES et al, 2006).

São classificadas como episódicas e crônicas, tendo como característica uma dor não agravada por atividades físicas diárias, bilateral, constritiva e, geralmente, não muito intensa. Ocorre com uma freqüência, em média, menor ou igual a 15 dias por mês (para cefaléia tipo tensional episódica) ou maior a 15 dias por mês (para cefaléia tipo tensional crônica). Náuseas e vômitos, assim como fotofobia e fonofobia, estão ausentes, ou apenas uma delas pode estar associada (KRYMCHANTOWSKI. 2003; FLORES & JUNIOR, 2004; MATTA & FILHO, 2006).

Particularmente marcante, é o fato de a maioria dos indivíduos que sofrem de cefaléia fazerem o uso crônico de analgésicos, a proporção de pacientes que fazem o uso da medicação chega a 60% em alguns estudos. A maioria dos pacientes não procura ajuda médica no período inicial do problema, sendo comum utilizar-se de automedicação. Há, ainda, o risco do uso abusivo de medicamentos, conduzindo ao agravamento do problema, denominado “efeito rebote”, além da possibilidade do desenvolvimento de dependência farmacológica (OLIVEIRA & SPECIALI, 2002; FLORES & JUNIOR, 2004).

No que se refere ao tratamento fisioterapêutico, vários tipos de procedimentos são relatados e vão desde a eletroterapia a técnicas de tração cervical, mobilizações vertebrais, alongamentos e relaxamentos (MORELLI & REBELATTO, 2007).

OBJETIVO

Realizar um levantamento de dados que obtivessem evidências científicas da efetividade da terapia manual na cefaléia do tipo tensional.

METODOLOGIA

Este estudo apresenta delineamento de revisão bibliográfica.

DISCUSSÃO

Hammill, Cook & Rosecrance (1996), demonstraram eficácia no alívio da cefaléia utilizando um protocolo de tratamento baseado em massagem e alongamento dos músculos da região cervical e ombros.

Domenico e Wood (1998), que utilizaram um protocolo holístico obtendo ótimos resultados.

Giona (2003), desenvolveu um estudo com 8 indivíduos submetidos a um protocolo detratamento composto por massagem do tecido conjuntivo, mobilização das vértebras dorsais, pompage cervical e  alongamentos, obtendo resultados como diminuição da freqüência, intensidade e duração da dor havendo casos de remissão completa da sintomatologia dolorosa.

Macedo et al (2007), realizaram um estudo com 37 mulheres através de um protocolo composto por manobras miofasciais cervicais e manobras manuais aplicadas sobre o crânio. Demonstrou que o tratamento fisioterapêutico obteve redução significativa da intensidade, freqüência e duração da dor.

Morelli & Rebelatto (2007), realizaram um estudo com 6 pacientes, sendo divididos em dois grupos: um de portadores de processo degenerativo na coluna cervical e outro de indivíduos não portadores de degeneração cervical. Utilizaram um protocolo composto por tração cervical, alongamento bilateral, mobilização vertebral e massagem clássica durante 10 sessões e obtiveram um resultado eficaz nos dois grupos.

CONCLUSÃO

Existe um consenso entre os autores citados neste estudo de que os mais variados tipos de técnicas de terapia manual são eficazes no tratamento ou controle das crises. A maioria cita que uma abordagem holística favoreça a eficácia do tratamento e podem ainda ser usadas tanto de forma única como de forma coadjuvante também.


Autora: Karina Viana Beraldi

G - INESUL – FISIOTERAPIA – LONDRINA – PR
Orientadora e Docente: Glauber Lopes Araujo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails