A Medicina Chinesa, com os seus 5000 anos, engloba a Acupuntura, a Fitoterapia, a Moxibustão, a Massagem Energética (Tui Na) e a Ginástica Energética (Qi Gong). Estas técnicas, sobretudo as duas primeiras, são o todo da Medicina Chinesa.
Na Medicina Chinesa o entendimento da doença é diferente da medicina convencional ocidental.
A doença para a Medicina Chinesa é o mesmo que desequilíbrio energético e a partir do momento em que nascemos estamos propensos a ter vários desses desequilíbrios, que podem ser tratados, como que reorganizando as nossas energias. Deste prisma torna-se mais fácil entender porque é que a Medicina Chinesa tem uma tão forte vertente preventiva.
Para reequilibrar as energias, tratando a doença ou prevenindo-a, há que aplicar a Fitoterapia, conjugando-a com a Acupuntura. As outras práticas têm também um efeito terapêutico, mas não são essenciais ao tratamento como as duas primeiras.
Quando se recorre a um profissional de Medicina Chinesa há que ter em conta que este vai prescrever um tratamento que combina as várias disciplinas da Medicina Chinesa, normalmente a Acupuntura e a Fitoterapia. Tratamento esse que pode ser feito a par de qualquer tratamento de medicina convencional que esteja a ser executado para a mesma patologia ou para outras que não estejam na mira da Medicina Chinesa.
Diagnóstico – Ler o Estado Energético
É que o diagnóstico energético que é feito em Medicina Chinesa determina a razão profunda da doença, que pode ficar ‘longe’ do local, por exemplo, da dor.
O diagnóstico vai determinar se a doença existe por a energia estar desequilibrada devido a estagnação, a não circular corretamente, a estar em excesso ou em deficiência. O diagnóstico faz-se pela observação do rosto, da língua, da palpação dos pulsos e da própria conversa com o paciente.
Acupuntura - Agulhas para a Saúde
Só numa orelha existem 365 pontos de Acupuntura e no corpo todo há mais 4000 pontos, entre pontos em meridianos e pontos extra-meridianos. Com estes números temos uma boa ideia de quantos lugares temos para podermos ser tratados com agulhas.
Os meridianos onde se encontram estes pontos são como que as ‘estradas’ onde circula a energia no nosso corpo. É nos pontos específicos destes meridianos que fazemos os tratamentos com as agulhas filiformes, de 0,2 mm de espessura.
A acupuntura começou por utilizar agulhas feitas de pedra, seguiram-se agulhas de osso e bambu, substituídas por bronze, aço, ouro e prata. Hoje em dia as agulhas, descartáveis, costumam ser de aço inoxidável.
A inserção de agulhas no corpo é indolor, podendo causar ou não sensações como formigueiro, dormência, calor, prurido.
A essência do tratamento não reside na agulha propriamente dita, mas sim no ponto onde ela é colocada e como é manejada e, na maior parte dos casos, o ponto escolhido para tratamento não tem nada a ver com a localização da doença.
Para tratar, a Acupuntura promove um melhor equilíbrio na energia do organismo através da inserção das agulhas nos pontos dos circuitos energéticos, os meridianos, contudo, não consegue aumentar o total de energia do indivíduo. É para isso que precisa da restante parte da MTC, sobretudo da Fitoterapia.
As agulhas não são colocadas sobre feridas abertas; vasos sanguíneos doentes como é o caso das varizes; e em determinados pontos contra-indicados para estados de saúde específicos, como a gravidez.
A Acupuntura pode, pois, ser descrita como um processos para regular a energia através da inserção de agulhas muito finas (ou da utilização de laser) em pontos específicos do corpo.
Fitoterapia – O Uso Milenar das Ervas
A Fitoterapia chinesa consiste no uso de plantas em composições que tanto tratam como agem preventivamente. É uma das disciplinas da MTC mais poderosas e conhecidas em todo o mundo, muito embora no nosso país seja a Acupuntura a ter mais fama.
Algumas das fórmulas utilizadas hoje em dia na Fitoterapia têm centenas de anos, outras têm vindo a ser atualizadas e muitas foram surgindo ao longo dos séculos de evolução da MTC.
Massagem Energética – Pressões para Curar
O Tui Na, ou massagem energética, é mais conhecida no Oriente do que no Ocidente, e trata patologias seja de forma isolada ou não.
Artigo da autoria do Dr. Pedro Choy
(Especialista em Medicina Chinesa)
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