O toque é muito importante tanto quanto o ato de se alimentar. Ele faz parte dos cinco sentidos, e todos são muito importantes para que se tenha uma vida emocional equilibrada. As emoções e sensações tornam as pessoas únicas e as definem, permitindo assim que se viva em plenitude.
O toque deve ser iniciado desde a gestação, quando o feto sente os carinhos da mãe ou do pai. Este gesto o transmitirá o sentimento de que em seu lar ele será muito amado. Estudos comprovaram que tanto a massagem quanto um simples toque ajudam um recém-nascido no ganho de peso saudável, no crescimento e no desenvolvimento social. As crianças sempre estão à procura de um toque. Quando pequenas, ao sinal de qualquer medo ou o simples fato de se sentirem em perigo, pedem a mão ou o cólo. Às vezes, fazem um charminho para ganhar um cafuné, quando os pais deixam fazem de tudo para poder dormir entre os dois, e não é só para ficarem quentinhas, mas também para poderem sentir proteção e carinho.
Devido a nossa cultura, desenvolvemos uma reação negativa ao toque, apagando-o de nossas vidas, por considerar uma invasão de privacidade, o que passa a ser associado à sexualidade. Nem sempre o toque está relacionado ao sexo. Em outros países, as pessoas apertam as mãos, se abraçam e beijam com mais freqüência, para que seja mantido um saudável nível de interação ao toque.
Os idosos tentam nos relembrar do valor do toque. Muitas vezes não temos paciência ou tempo para dedicar-lhes um minuto de atenção. Mas, se pararmos um minuto, veremos o quanto temos a aprender e como um carinho daquelas mãos maltratadas pelo tempo dará o conforto e a segurança que a gente procura.
Acredite ou não, mas até um aperto de mão pode fazer a diferença. Podemos citar alguns exemplos: quando amos sendo apresentados a uma pessoa ou até mesmo numa entrevista de emprego, quando há o cumprimento através das mãos algumas vezes se pode sentir se foi bom ou não. Numa entrevista um aperto de mão firme, seguido por um olhar nos olhos pode fazer com que sejamos selecionados.
Algumas pessoas exageram no toque. Durante uma conversa, quando somos cutucados várias vezes, o toque pode se tornar inconveniente e mal educado, mas se ocasionalmente tocarmos levemente a mão ou o braço, será interpretado como atenção e respeito pelo que o outro está dizendo. Quando um amigo estiver cansado podemos um ombro ou fazer uma leve massagem no pescoço.
Os animais vivem mexendo com os outros, um cão adora um bom carinho. É uma delicia receber um carinho da pessoa amada, e muitas histórias de romance começam com uma massagem de mão dentro do cinema. Alguns cientistas sugerem que, para o ser humano ter uma vida saudável, são necessários vários abraços por dia.
O toque também diminui o estresse. Fazendo uma sessão com um massoterapeuta ou a automassagem, podemos massagear os pés, as têmporas.
Através do toque da massagem, o corpo libera o hormônio ocitocina, que gera bem estar e acalma. Durante testes em ratos injetando este hormônio, pesquisadores notaram que o funcionamento do intestino melhorou, o pulso e a pressão sanguínea baixaram, que a relação entre os ratos melhorou, a agressividade diminuiu, que os ratos se deram melhor com os filhotes e que aguentaram mais a dor. Quer dizer, o toque faz parte da vida, sem ele a gente inibe bons sentimentos. Se toques simples podem gerar tanto bem estar, imagine então o que uma massagem relaxante nas costas ou nos pés pode fornecer para melhorar a qualidade de vida.
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