sábado, 4 de maio de 2013

Por que receber massagem? A história da massagem: da pré-história aos dias de hoje

 
Em algum ponto de nossas vidas todos sofremos alguma lesão, dor ou desconforto. Nossa reação instintiva é a de friccionar ou segurar a área afetada para diminuir a dor/desconforto. Esta técnica básica foi desenvolvida há milênios, na pré-história, e se tornou parte do sistema de massagens que conhecemos hoje.

Segundo dicionário “Massagem é Fricção ou compressão do corpo ou parte dele, para modificar a circulação ou obter vantagens terapêuticas.” . A maioria das culturas antigas praticavam algum tipo de toque terapêutico, usando ervas, óleos e formas primitivas de hidroterapia. Os detalhes sobre cada um desses artifícios ficam para uma próxima matéria.
 
Estudos arqueológicos indicam que o homem promovia o bem estar geral e adquiria proteção contra lesões e infecções por meio de fricções (tipo de manobra da massagem) no corpo, já na pré-história.
 
Foram encontrados registros de civilizações da antiguidade como egípcios, hindus, gregos, romanos, chineses e japoneses, datando de 300 a.C., com referências aos benefícios das massagem. O texto médico chinês Nei Ching, datado de 2800 a.C., já relatava as propriedades terapêuticas da fricção. Chineses, Japoneses, Hindus, Hipócrates (pai da Medicina), Asclepíades (médico grego), Galeno (médico e filósofo), Homero (poeta), Eslavos, Finlandeses e Suecos praticaram e/ou escreveram sobre a massagem e suas dádivas.
 
Durante a Idade Média pouco se falou sobre a massagem. Até que Ambroise Paré, na França, no séc. XVI, que aplicava a fricção em seus pacientes cirúrgicos, publicou uma literatura com suas experiências e a transcrição de um texto antigo. Reviveu a arte da massagem. Com seu trabalho reconhecido, a terminologia francesa é utilizada até os dias atuais.
 
No Renascimento houve muitas descobertas nas áreas da Arte e da Ciência. Com tais mudanças, o toque passou a ser pecaminoso e imoral, à medida que os dogmas religiosos eram mais repressivos e conservadores na Europa.
 
Per Henrik Ling (15 de novembro de 1776 – 3 de maio de 1838), sueco, desenvolveu o que hoje conhecemos como Massagem Sueca, sintetizando seu sistema com base em seus conhecimentos em fisiologia e ginástica. Ling, era esgrimista e professor de Ginástica. Em 1813, estabelece o Instituto Real Central de Ginástica na Suécia. Massagem e exercícios terapêuticos foram reunidos em um sistema chamado de ginástica médica. Seus seguidores continuaram seu trabalho e em alguns anos já haviam institutos na Inglaterra, França, Áustria, Alemanha e Rússia.
 
Por influência de dois médicos, Douglas Grahm e Jonh Kellogg, e seus escritos, a massagem chega aos EUA na virada do século. Várias descobertas e novas abordagens foram identificadas pelo mundo ocidental nos 50 anos seguidos. Durante o ano de 1960 ressurgiu o interesse por métodos naturais para tratamento corporal. E, nos anos subsequentes, o interesse e a comprovação dos benefícios da massagem aumentaram.
 
Nos dias atuais, a massagem sueca, assim como outras técnicas, já é mais aceita e mais difundida como terapia complementar aos tratamentos médicos alopáticos. Alguns postos de saúde e alguns hospitais já contam com massoterapeutas, terapeutas corporais atuando em conjunto com médicos.
Muitos não sabem, mas massagem não trás apenas relaxamento. Seu objetivo principal é a melhora da circulação sanguínea (principalmente de retorno) e a circulação linfática.
 
As manobras básicas utilizadas na massagem sueca são: deslizamento superficial ou effleurage, deslizamento profundo, fricção, amassamento, percussão, vibração e movimentação, cada qual com sua função e seu objetivo. Podem ser produzidos efeitos calmante, estimulante ou desintoxicante, de acordo com a necessidade de cada cliente, especificada através das queixas dos mesmos e preenchimento de uma boa ficha de anamnese.
 
Giseli Cassalecchi é terapeuta holística

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