sábado, 4 de agosto de 2018

Um pouco da Historia da Massagem



Segundo o Thoma's Medical Dictionary (1886), o termo Massagem vem do grego, significando amassar (ação de pressionar). Sua origem é tão antiga como a própria origem da humanidade. Acredita-se que ela tenha sido a forma mais primitiva e intuitiva de tratamento existente. Os registros mais remotos do uso da massoterapia são oriundos de civilizações antigas do Oriente. Em 300 a.C., Qi Bo e o imperador Amarelo publicaram na China ‘O clássico da massagem’, a primeira obra sobre o tema que se tem conhecimento. No entanto, o único registro escrito sobrevivente dessa época, foi o Han Quan Shu, livro de massagem da dinastia Han.

Apesar da massoterapia ser, possivelmente, de origem chinesa, ela foi utilizada e desenvolvida por diferentes civilizações ao longo da história, as quais, foram aprimorando e alterando suas técnicas até favorecer sua origem em diferentes estilos de massagem que conhecemos hoje.

Além dos chineses, os egípcios também se apropriaram do uso da massoterapia. Os sacerdotes recebiam uma massagem com óleos aromáticos após o banho, com o intuito de promover um profundo relaxamento. Por outro lado, na Grécia e Roma Antiga, a massagem não era apenas utilizada como forma de relaxamento, mas também para a cura e prevenção de doenças, assim como os orientais.

No entanto, durante a Idade Média, a técnica de massoterapia foi banida da Europa, devido influências religiosas que consideravam o toque da massagem um ato pecaminoso.

Na literatura, embora consistentes e de significados semelhantes, observa-se diferentes terminologias que foram utilizadas ao longo da história para se referirem à técnica de massagem. Como por exemplo, dentre os antigos gregos e romanos, a partir de Homero no século IX a.C até o século V d.C., utilizaram de terminologias como: ‘fricção’, ‘atritamento’, ‘esfregamento’. Celsus de Roma (25 a.C-50 d.C.) usou também o termo ‘unção’. Além disso, ‘anatripsis’ e ‘fricção’ foram os termos usados por Hipócrates. Mais tarde, Galeno adotou o termo ‘anatripsis’ de Hipócrates, e acrescentou o termo ‘tripsis-paraskea lasthke’ e ‘apotherapeia’. Oribásio (325-403), um romano que viveu cem anos depois de Galeno, descreveu apotherapeia como um banho, fricção e inução. Outros termos empregados nesse tempo eram ‘esmuramento’, ‘compressão’ e ‘beliscamneto’.

Ao longo da história da medicina, massagens também são citadas em sua literatura. Kleen (1847-1923), da Suécia, publicou pela primeira vez um manual sobre massagem em 1895. William Murrell (1853-1912) de Edimburgo e Londres, definiu massagem como um ‘modo científico de tratamento de certas formas de doença por meio de manipulações sistemáticas’. Douglas Graham, de Boston, em seus artigos de 1884 a 1918, considerou massagem como ‘uma técnica que utiliza um grupo de procedimentos que são habitualmente realizados com as mãos, como fricção, amassamento, manipulações, rolamento e percussão dos tecidos externos do corpo, por diversos meios, com objetivos paliativo, higiênico e curativo’.

Em 1932, John S. Coulter (1885-1949) disse: ‘De acordo com o significado atual e geralmente adotado da palavra, massagem consiste em um grande número de manipulações dos tecidos e órgãos do corpo, com finalidades terapêuticas’. Em 1952, Gertrude Beard (1887-1971) escreveu que massagem é o termo usado para designar certas manipulações de tecidos moles do corpo; estas manipulações são efetuadas com maior eficiência com as mãos e são administrados com a finalidade de produzir efeitos sobre o sistema nervoso, muscular e respiratório e também sobre a circulação sanguínea e linfática local e geral.

Atualmente, a massoterapia é uma terapia muito procurada no Ocidente, por pessoas que buscam seus efeitos relaxantes, de sensação de bem-estar, alívio de dores, tratamento e prevenção de doenças. Estudos e pesquisas sistemáticas já comprovaram a eficácia da massoterapia para a melhora na circulação sanguínea, eliminação de toxinas do organismo e alívio de tensões musculares. Esses estudos confirmam a confiabilidade da técnica e faz com que a massoterapia ganhe cada vez mais adeptos.

Muitas das técnicas existentes vem resistindo ao longo dos anos e podem ser aprendidas ainda hoje, enquanto outras são mais recentes, já que a massoterapia ainda passa por processos evolutivos, com surgimento de novas técnicas.

Nesse sentido, dentre as vertentes da massoterapia existentes hoje, podemos citar o Shiatsu, a Ayurvédica, o Tui Na, o An Mo, a Shantala, o Do In, o Zu Dao, o Nuad Phaen Boran ou Thai Massage, o LomiLomi e o Ban Fa. Além disso, a Massagem Sueca ou Massagem Clássica, a Drenagem Linfática Manual, a Quiropraxia, a Massagem Desportiva e a QuickMassage também são importantes técnicas também utilizadas atualmente.

A partir das explanações supracitadas, pode-se contextualizar e definir o conceito de massagem e massoterapia. Contudo, estas ainda sofrem transformações e continuará a se modificar em função de novas descobertas. Como por exemplo, a ‘Massagem Energética Terapêutica’, criada pelo sociólogo e ecólogo, Milton Fernandes, a qual condensa o que há de melhor no ShiatsuDo-in e entre tantas outras e associa conhecimentos adquiridos na Bio-Energética e Core Energética.

Tratando-se da massagem, é indispensável falar sobre ‘o tocar’. O toque sadio é uma necessidade de todos os mamíferos. O cérebro e a pele são provenientes das mesmas células embrionárias: os nervos e a pele se originam no ectoderma. Previamente na evolução embriológica, as células da pele se especializam em olhos, ouvidos, nariz e boca. Portanto, pode-se sugerir que quando tocamos a pele, estamos tocando também em outros sistemas de órgãos e que as pessoas podem melhorar de diversos tipos de problemas quando são tocadas.

A partir do toque pode-se esperar melhora das defesas imunológicas, aumento da autoestima, melhora o sono, o apetite, diminuição da pressão arterial, de sintomas da depressão e artrite, dores de cabeça e ansiedade. Além de melhorar a sexualidade, o prazer e muitas outras coisas.

Enquanto massoterapeutas, tocando as pessoas, aprendemos muitas coisas: o toque ensina sobre o amor, ensina sobre os limites físicos, qual toque é adequado, quando e como tocar.

O toque resgata material à superfície e à consciência. Aprendemos através do toque físico e energético, como estamos no nosso próprio corpo, em nosso campo energético, o que nos possibilita ajudar nossos pacientes. Ao tocarmos, criamos a terra firme para sua experiência de cura.

Os primatas gastam 70% do seu tempo tocando. Experimentos com primatas demonstraram que aqueles que são criados sozinhos dentro de jaulas, tocam a si mesmos, e ao envelhecer começam a se morder, arranhar e se agredir. Talvez isso demonstre uma necessidade do toque por parte de seus pares, pois precisam ter algum tipo de toque para sobreviver e viver com qualidade. Nesse sentido, pode-se esperar necessidades semelhantes entre os seres humanos.

Portanto, fica claro que a massagem passou por processos históricos, evoluiu ao longo do tempo e teve um importante papel na história da medicina para o tratamento e prevenção de doenças. Adicionalmente, pode-se concluir que a Massagem Energética Terapêutica é um excelente método para nos tratar das feridas causadas pela falta do toque. O toque carinhoso que utilizamos na Massagem Energética Terapêutica, pode ajudar a pessoa a mudar seu sistema de crenças que é uma das etapas para uma Vida mais saudável e equilibrada.”

Finalizo com uma frase que o sentido das mãos e por ter um sentido bem amplo que é com a frase de Marco Aurélio, Imperador e Filosofo romano, (121 d.C. - 180 d.C. ): “Aplica-te a todo o instante com toda a atenção... para terminar o trabalho que tens nas tuas mãos... e liberta-te de todas as outras preocupações. Delas ficarás livre se executares cada ação da tua vida como se fosse a última.”




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