domingo, 30 de junho de 2024

O toque terapêutico

 



O toque pode ter um efeito calmante em momentos de desespero e nervosismo. Isso ocorre porque ele impacta a respiração, a temperatura corporal, a função hepática e regula o hormônio do estresse, o cortisol. O pesquisador Julian Packheiser, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade do Ruhr, em Bochum, na Alemanha, queria analisar mais detalhadamente os efeitos positivos do toque. Juntamente com uma equipe da Alemanha e Holanda, ele avaliou 130 estudos sobre o tema. “O toque foi extremamente útil para quem sofre de dor, ansiedade ou depressão”, aponta Packheiser. “Já para doenças cardiovasculares, como pressão alta ou taquicardia, não houve um efeito tão forte. Embora o toque também possa ajudar a reduzir um pouco os sintomas, o efeito foi muito mais fraco e durou menos tempo.” O toque ativa vias neurais especificas na pele, as chamadas fibras C. Elas informam ao cérebro se o toque é agradável ou desagradável. Elas têm uma ligação direta com o “centro de recompensa” do cérebro. 

O toque lento e agradável libera o hormônio da felicidade, a dopamina, que tem um efeito positivo sobre a psique. Fisicamente, o toque promove a circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico e alivia a dor. O toque terapêutico, como massagens ou fisioterapia, pode acelerar a cura de lesões e aliviar queixas crônicas. Psicologicamente, o toque contribui para apaziguar os ânimos e fortalecer a autoestima. Pessoas que vivem em um ambiente amoroso e fisicamente carinhoso tendem a apresentar menos sinais de ansiedade e depressão, além de terem um nível maior de satisfação geral. A carência de toque eleva ainda os níveis de cortisol, e com eles, o risco de ataques cardíacos e acidente vascular cerebral (AVC). 

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