quarta-feira, 17 de março de 2010

O poder da massagem


O estresse e a tensão têm efeito cumulativo no organismo humano e podem provocar mais problemas do que se imagina. O desequilíbrio energético evolui de forma gradativa, e isso não é nada bom.

O primeiro reflexo é o cansaço mental e físico, depois surgem, sutilmente, as dores. O ponto de tensão do indivíduo determina o local da dor, as regiões mais problemáticas costumam ser os ombros, o pescoço e o tórax. "Nestas áreas podem até aparecer nódulos, resultado de energia bloqueada. Tem gente que até acredita estar com alguma doença mais séria", verifica o massagista Nilson Inue.

"A massagem não cura doenças e sim tem a função de preveni-las", alerta. Há massagens para diversas finalidades e qualquer pessoa, independente da idade, pode se submeter a uma sessão.

"O bom terapeuta se reconhece pelo toque. A massagem é uma troca de energia entre o profissional e o paciente e isso precisa ser feito com carinho", explica a professora e terapeuta corporal Roseli Siqueira. "Nosso corpo sabe o que é bom para ele, desta forma, se você sai dolorido ou de mau-humor de uma sessão é porque não houve a troca necessária.

" O estresse é muito comum na rotina de quem vive nas grandes cidades. Não é só quem trabalha fora que sofre com o mal, muitas donas de casa também estão sendo vítimas do problema. "O organismo reage ao estresse eliminando em excesso o hormônio corticóide e a adrenalina, substâncias produzidas pelas glândulas supra-renais e liberadas na corrente sangüínea", frisa Roseli.

Externamente, o corpo vai mostrando a evolução deste desequilíbrio interno. Nos cabelos, dermatite seborréia (caspa), oleosidade, queda e, em alguns casos, a perda total dos fios; na pele, cravos, espinhas, urticária, rush cutâneo (coceira), manchas, micoses, herpes, vitiligo e psoríase.

"Como a tensão e a ansiedade acentuam o ritmo respiratório, aumenta também a produção de radicais livres, contribuindo para o envelhecimento precoce, ou seja, o surgimento de rugas, a flacidez e a falta de tônus da pele", verifica a professora.

Este quadro físico é o ponto de partida para o bom massagista dar início ao tratamento corporal e, se for o caso, indicar outras técnicas complementares. O ritmo da respiração, a postura e a cor da pele devem ser verificados numa primeira consulta. "Só para exemplificar, quando a pele está esverdeada pode estar havendo uma desarmonia no fígado; a cor vermelha mostra hiperatividade, e a pele amarelada pode revelar desarmonia nos órgãos digestivos", ensina. Nestes casos, a massagem indicada é a drenagem linfática, sem aparelhos.


É preciso desejar a massagem. Uma boa massagem, explica Roseli, tem o poder de relaxar tanto que a pessoa chega a ficar meio tonta quando levanta da maca. "Isso acontece porque o toque é muito profundo. No caso da drenagem linfática manual, por exemplo, o paciente sente o efeito quase imediatamente. Como ela tem a função de eliminar a retenção hídrica, a pessoa já levanta com muita vontade de urinar. E o efeito dura praticamente o dia inteiro".

Inue lembra que as massagens também são muito eficientes em pacientes paraplégicos. "São pessoas que ficam muito numa posição só, e com a massagem se sentem bem melhor. Fazendo com que o sangue circule melhor, em todo o corpo, a pessoa fica mais relaxada. Se isto não acontece, os membros começam a atrofiar", esclarece. Entretanto, Roseli lembra que é primordial que o paciente deseje o tratamento e não se sinta incomodado com o toque, caso contrário, a massagem, seja ela qual for, não terá o efeito benéfico desejado.

"É preciso despertar a pele e estimular o corpo do paciente para receber um trabalho energizante. É como se o terapeuta conversasse com a pele, tocando delicadamente o corpo. O toque é mágico, ele dissipa toda a energia ruim acumulada".

A massagem pode ser feita com o auxilio de óleos, cremes nutritivos ou hidratantes, essências ou gel. É bom lembrar ainda que é ideal que o momento da massagem seja dedicado exclusivamente ao relaxamento, porque de nada irá adiantar receber a massagem pensando nos compromissos agendados e no horário. Os especialistas também indicam a mudança de hábitos, como o sedentarismo e a alimentação errada, adotando maior percepção própria e uma postura mais otimista perante a vida.

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