terça-feira, 20 de julho de 2010

Feliz dia do amigo


Não posso dar soluções para todos os problemas de tua vida,
nem tenho respostas para todas tuas dúvidas e temores,
mas posso escutar-te e buscá-las junto contigo.

Não posso mudar teu passado, nem teu futuro,
mas quando necessitares de mim estarei junto a ti.

Não posso evitar que tropeces.
Somente posso oferecer-te minha mão para que te segure e não caia.

Tuas alegrias, teus triunfos e teus êxitos não são meus,
mas alegro-me sinceramente quando te vejo feliz.
Não julgo as decisões que tomas na vida.
Limito-me a apoiar-te, a estimular-te e a ajudar-te se me pedires.

Não posso traçar limites dentro dos quais deves viver,
mas sim te ofereço espaço necessário para crescer.

Não posso evitar teus sofrimentos quando algo te parta o coração,
mas posso chorar contigo e recolher os pedaços para arrumá-lo de novo.

Não posso dizer-te quem és, nem quem deverias ser.
Somente posso querer-te como és e ser teu amigo.

Nestes dias orei por ti.
Nestes dias me pus a recordar minhas amizades mais preciosas.
Sou uma pessoa feliz: tenho mais amigos do que imaginava.
Isso é o que eles me dizem, me demonstram.
É o que sinto por todos eles.
Vejo o brilho em seus olhos, o sorriso espontâneo e a alegria que sentem ao me ver.
E eu também sinto paz e alegria quando os vejo e quando conversamos;
seja na alegria ou seja na serenidade.

Nestes dias pensei em meus amigos e amigas e entre eles apareceste tu.
Não estavas acima, nem abaixo, nem no meio.
Não encabeçavas, nem concluías a lista.
Não eras o número um, nem o número final.
O que sei é que te destacavas por alguma qualidade que transmitias e com a qual há tempos enobrece minha vida.
Eu tampouco tenho a pretensão de ser o primeiro, o segundo ou o terceiro de tua lista.
Basta que me queiras como amigo.

Então, entendi que realmente somos amigos.
Orei e agradeci a Deus por ter me dado a oportunidade de ter um amigo como tu.
Era uma oração de gratidão, porque tu tens tornado melhor a minha própria vida.

Tradução por Cirilo Veloso do original em espanhol escrito por J. L. Borges.

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