A professora Fabíola Cristina Ribeiro
Zucchi, dos departamentos de Biologia e Enfermagem da Universidade do Estado de
Mato Grosso (Unemat) em Cáceres apresentou sua pesquisa de pós-doutorado no
evento “Neurosciences 2012”, promovido pela “Society for Neuroscience”, em New
Orleans (LA), nos Estados Unidos, em outubro deste ano.
Seu trabalho
demonstra que experiências negativas vivenciadas no período pré-natal são
fatores de risco para o desenvolvimento de doenças na vida adulta, inclusive
acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, experiências positivas, algo
simples como massagem corporal, podem ajudar a reduzir os efeitos negativos do
estresse pré-natal, e ajudar na recuperação motora após AVC.
Este modelo
experimental, em colaboração com um time de pesquisadores canadenses, sugere
estratégias terapêuticas em seres humanos. As conclusões deste estudo são
importantes para o desenvolvimento de recomendações para um estilo de vida que
favoreça desenvolvimento e envelhecimento saudáveis.
O estudo dos
fatores pelos quais as condições ambientais atuam na biologia é chamado de
Epigenética (isto é, além da Genética). Epigenética é a ciência que trata dos
fenômenos envolvidos na impressão de fatores ambientais no genoma, e a
modificação fenotípica decorrente.
Não somente eventos negativos, como o
estresse pré-natal adotado neste estudo, mas também fatores positivos, como a
massagem corporal são responsáveis pela modificação de fatores epigenéticos, e
alteração do fenótipo.
Neste estudo, a professora Fabíola adotou
massagem terapêutica em ratos estressados no período pré-natal, na vida adulta,
e que tiveram AVC. Ela observou que deficiências motoras foram superadas em
ratos que receberam massagem, e que este fenômeno está envolvido com a modulação
epigenética da expressão gênica no cérebro destes ratos.
A apresentação
da professora Fabíola na conferência “Neurosciences 2012” foi uma das 137
selecionadas como “Hot Topics” para divulgação científica, entre mais de 16.000
trabalhos apresentados no evento, devido à sua relevância à saúde pública.
(Fabíola Cristina Ribeiro Zucchi/Unemat)
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