Cerca de 250 mil pessoas morrem por ano vítimas de paradas cardíacas ou cardiorrespiratórias, sendo o infarto a principal causa dessas mortes. De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), esses números poderiam ser reduzidos a um terço se técnicas de ressuscitação fossem aplicadas rapidamente e de forma correta logo após os primeiros sintomas.
Por esse motivo, profissionais do atendimento de urgência da rede de saúde pública estão se mobilizando para defender que noções de primeiros socorros sejam ensinadas nas escolas para que todos estejam preparados para agir em situações de emergência.
Cardiologista especializado em técnicas de ressuscitação, Sérgio Timerman conta que a chance de uma pessoa sobreviver a uma parada cardíaca no centro de uma cidade grande é de apenas 2%.
Para o especialista, é inviável para o serviço de atendimento de emergência ser acionado e chegar ao local em menos de 3 minutos, tempo considerado ideal para salvar a vida de pessoas com esse problema.
“Mas se a população estivesse preparada para atuar no auxílio desses pacientes enquanto a ajuda especializada está a caminho, a chance de sobrevivência dessas pessoas seria três vezes maior”, explica.
“Um paciente inconsciente, sem respiração e batimentos cardíacos perde a cada minuto 10% de chance de sobrevivência. A partir do quarto minuto sem intervenção, sequelas neurológicas graves podem ocorrer.
E, quando chega a 10 minutos, a morte é praticamente inevitável”, lamenta.
De acordo com Timerman, a população como um todo deveria ser sensibilizada e treinada para socorrer as pessoas que passam por situações de risco.
Um projeto norte-americano treinou funcionários do aeroporto de Chicago com orientações sobre primeiros socorros e agilidade do atendimento em situações de emergência.
O resultado foi que, enquanto as chances de uma pessoa sobreviver a uma parada cardíaca dentro da cidade é de apenas 2%, se o incidente ocorrer dentro do aeroporto, a possibilidade sobe para 55%.
Baseado nesses resultados positivos, foi implementado treinamento similar para funcionários do Metrô de São Paulo.
“Hoje, se uma pessoa passa por uma parada cardíaca em uma das estações da cidade, as chances de sobrevivência chegam a 35%”, conta Timerman. O programa ainda está em fase de implementação.
“A tendência é que esses resultados sejam ainda melhores e possam ser aplicados em outros estabelecimentos com grande circulação de pessoas.”
Diretor de Promoção à Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan, acredita que locais de grande população de pessoas, além de ter desfibriladores disponíveis, também deveriam ter pessoas treinadas em primeiros socorros.
A proporção ideal, segundo o especialista é de duas pessoas treinadas a cada 100 indivíduos. “No momento de uma parada cardíaca, se o paciente for atendido nos três primeiros minutos, a possibilidade de sobrevivência é de 70%”, explica.
Armaganijan defende que noções de primeiros socorros deveriam ser ensinados inclusive nas escolas a adolescentes e professores.
Contra o relógio
O tempo médio de chegada do Serviço de Atendimento Médico de Urgência do Distrito Federal, considerado o melhor do país, desde o primeiro contato telefônico até o atendimento local, é de 10 minutos.
Apesar deste intervalo estar de acordo com os padrões de países europeus desenvolvidos, o coordenador-geral do Samu-DF, Rodrigo Caselli, admite que o ideal seria chegar em até 3 minutos para socorrer pacientes cardíacos.
Mas, assim como Timerman, defende que alcançar atendimento nesse tempo é inviável. Diversos fatores, como trânsito, endereços incompletos e distância, atrapalham o processo. “Por esse motivo, a participação da população no atendimento aos pacientes é fundamental”, diz Caselli.
Fonte: Correiobraziliense.com.br
Por esse motivo, profissionais do atendimento de urgência da rede de saúde pública estão se mobilizando para defender que noções de primeiros socorros sejam ensinadas nas escolas para que todos estejam preparados para agir em situações de emergência.
Cardiologista especializado em técnicas de ressuscitação, Sérgio Timerman conta que a chance de uma pessoa sobreviver a uma parada cardíaca no centro de uma cidade grande é de apenas 2%.
Para o especialista, é inviável para o serviço de atendimento de emergência ser acionado e chegar ao local em menos de 3 minutos, tempo considerado ideal para salvar a vida de pessoas com esse problema.
“Mas se a população estivesse preparada para atuar no auxílio desses pacientes enquanto a ajuda especializada está a caminho, a chance de sobrevivência dessas pessoas seria três vezes maior”, explica.
“Um paciente inconsciente, sem respiração e batimentos cardíacos perde a cada minuto 10% de chance de sobrevivência. A partir do quarto minuto sem intervenção, sequelas neurológicas graves podem ocorrer.
E, quando chega a 10 minutos, a morte é praticamente inevitável”, lamenta.
De acordo com Timerman, a população como um todo deveria ser sensibilizada e treinada para socorrer as pessoas que passam por situações de risco.
Um projeto norte-americano treinou funcionários do aeroporto de Chicago com orientações sobre primeiros socorros e agilidade do atendimento em situações de emergência.
O resultado foi que, enquanto as chances de uma pessoa sobreviver a uma parada cardíaca dentro da cidade é de apenas 2%, se o incidente ocorrer dentro do aeroporto, a possibilidade sobe para 55%.
Baseado nesses resultados positivos, foi implementado treinamento similar para funcionários do Metrô de São Paulo.
“Hoje, se uma pessoa passa por uma parada cardíaca em uma das estações da cidade, as chances de sobrevivência chegam a 35%”, conta Timerman. O programa ainda está em fase de implementação.
“A tendência é que esses resultados sejam ainda melhores e possam ser aplicados em outros estabelecimentos com grande circulação de pessoas.”
Diretor de Promoção à Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan, acredita que locais de grande população de pessoas, além de ter desfibriladores disponíveis, também deveriam ter pessoas treinadas em primeiros socorros.
A proporção ideal, segundo o especialista é de duas pessoas treinadas a cada 100 indivíduos. “No momento de uma parada cardíaca, se o paciente for atendido nos três primeiros minutos, a possibilidade de sobrevivência é de 70%”, explica.
Armaganijan defende que noções de primeiros socorros deveriam ser ensinados inclusive nas escolas a adolescentes e professores.
Contra o relógio
O tempo médio de chegada do Serviço de Atendimento Médico de Urgência do Distrito Federal, considerado o melhor do país, desde o primeiro contato telefônico até o atendimento local, é de 10 minutos.
Apesar deste intervalo estar de acordo com os padrões de países europeus desenvolvidos, o coordenador-geral do Samu-DF, Rodrigo Caselli, admite que o ideal seria chegar em até 3 minutos para socorrer pacientes cardíacos.
Mas, assim como Timerman, defende que alcançar atendimento nesse tempo é inviável. Diversos fatores, como trânsito, endereços incompletos e distância, atrapalham o processo. “Por esse motivo, a participação da população no atendimento aos pacientes é fundamental”, diz Caselli.
Fonte: Correiobraziliense.com.br
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