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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Terapias alternativas são seguras e eficazes para crianças


Terapias complementares e alternativas

Hoje, mais do que nunca, as crianças estão sendo tratadas com terapias complementares e terapias alternativas. Estudos recentes indicam que cerca de 30% das crianças saudáveis e até 50% das crianças com doenças crônicas estão usando algum tipo de terapia alternativa.

"Há um espaço gigantesco para as medicinas alternativa e complementar na pediatria," diz a Dra. Dolores Mendelow, da Escola de Medicina da Universidade de Michigan (Estados Unidos).

Se as pessoas seguirem as instruções dos seus médicos, esses tratamentos são uma forma segura e eficaz de ficar saudável e de se manter com saúde, diz Mendelow. É por isto que as terapias complementares e alternativas estão se tornando o principal meio de tratamento para as crianças.

Terapias alternativas para crianças

Porém, enquanto determinados tipos de tratamentos alternativos são seguros, existem muitas terapias que podem ser perigosas para as crianças. Por exemplo, o mel pode ser usado contra a tosse relacionada ao resfriado comum, mas não para crianças menores de um ano de idade.

Mendelow acentua que os pais devem sempre consultar o pediatra antes de começar qualquer novo tratamento alternativo.

As terapias alternativas podem ser eficazes contra várias doenças - como resfriados e brotoejas, por exemplo - para as quais os medicamentos comuns não produzem resultados imediatos.

"Em termos de medicina complementar, nós estamos usando acupuntura, suplementação alimentar e terapias botânicas ou com ervas," afirma a pediatra.

Ela destaca algumas das terapias alternativas que podem ser benéficas para crianças:

Yoga

Os especialistas sugerem que pacientes pediátricos participem de aulas de yoga como uma forma de terapia. A yoga, quando combinada com medicamentos prescritos por um médico, pode ser utilizada para ajudar pacientes asmáticos a aprenderem a praticar e usar a respiração profunda e manterem-se calmos quando sofrem ataques. A yoga também ajuda a reduzir o estresse em adolescentes e jovens.

Tai chi

As pesquisas mostram que os adolescentes se deparam com muito estresse, o que os coloca em risco de sofrer depressão e outras desordens de comportamento. Terapias do corpo e da mente, como o tai chi, ajudam a reduzir o risco de depressão e de ansiedade.

O tai chi e a yoga ajudam a diminuir a pressão sanguínea e a atividade simpática (atividade que mantém o funcionamento do sistema cardiovascular) em crianças, dando-lhes uma sensação de relaxamento e de calma.

Probiótica

As bactérias vivas, semelhantes às encontradas no estômago humano, podem ser encontradas em suplementos alimentares ou em comidas como o iogurte. Estudos demonstraram que elas são seguras para as crianças quando usadas para tratar diarreias associadas com a ação de antibióticos.

O uso de probióticos pode reduz a diarreia em um ou dois dias, permitindo que as crianças voltem à escola mais cedo depois de se submeterem ao tratamento.

Os probióticos não são recomendados para crianças tomando imunosupressivos ou com qualquer comprometimento do sistema imunológico. Sempre consulte o médico antes, no caso de dúvida.

Terapias não recomendadas para crianças

Enquanto existem fortes evidências dos benefícios e da segurança da aplicação das terapias acima às crianças, Mendelow alerta os pais de que outras práticas complementares e alternativas têm mostrado sérias consequências para crianças e adolescentes.

Veja abaixo as terapias alternativas que podem ser perigosas para crianças.

Ma Haung

Ma Haung, um medicamento chinês usado para controlar a asma, é um estimulante, frequentemente utilizado para melhorar o desempenho de atletas. Usar esse tipo de estimulante em crianças pode levar a palpitações do coração e outros eventos cardíacos, todos extremamente perigosos para uma criança.

Creatina

A creatina é outro suplemento que não deve ser acrescentado à dieta de uma criança. "A creatina é usada para modelagem corporal e nós sabemos que ela pode ter sérios efeitos colaterais para os rins," diz Mendelow.

Outros suplementos alimentares

Crianças que estejam tomando anticoagulantes devem evitar determinados suplementos, como ginkgo biloba ou altas doses de óleo de peixe.

Os anticoagulantes aumentam o tempo de sangramento, o mesmo efeito que apresentam esses dois suplementos, o que deixa a criança mais suscetível a hemorragias.

Antes de ministrar qualquer suplemento alimentar a uma criança, verifique com o pediatra se ele não conflita com algum outro medicamentos que esteja sendo ingerido.

Quiropraxia

A Dra. Mendelow alerta contra a manipulação rápida da espinha em crianças. "A coluna vertebral das crianças provavelmente não estará totalmente desenvolvida até os 18 ou 20 anos de idade e você pode de fato estar fazendo mais mal do que bem," afirma ela.
Redação do Diário da Saúde

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